sábado, 24 de abril de 2010

Inconstante. Errante. Vivente. Ando atrás de coisas grátis. Sorrisos. Risos. Pensamentos. Sentimentos. Ando atrás do que me faça bem. Desejos...
Eu vejo a poesia nos meus desejos, nos meus sonhos infantis de uma anciã confusa, na minha juventude que pede para que eu cresça, na minha vida adulta que pede para que eu nunca deixe de brincar. Eu vejo a poesia que brinca no ar e leva meus abraços a quem está longe. Eu vejo a poesia. E preciso vê-la para me sentir completa, mesmo que me falte algumas pequenas partes. Ah, aquela pequena poderia me completar!...
Ofegante. Amedrontada. Incompleta. Estou pronta para ser reeditada.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Quanto mais tento entender, mais me vejo imersa em dúvidas. São esses desejos estranhos. Esses meus estranhos intentos.Vontade de ser tudo o que puder afim de não mais precisar de nada ou ninguém. Vontade também de não ser nada para, assim, não ter de me preocupar com responsabilidade alguma. Mas o que mais me consome é a vontade de ter vontades. É a vontade de querer algo sempre e sempre almejar o que, de fato, não me é concedido por maldade do mundo ou por incapacidade minha.
Quanto mais busco a superfície, mais sou levada ao fundo. Vai entender essas vontades estranhas. E eu me importo? Quero mais é me afogar.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Há ligeiras dúvidas que me atormentam: o que fazer quando o objeto de desejo não se encontra ao seu alcance? O que fazer quando o lugar que lhe serve de aconchego não fica à vista, mesmo que longe, lá, no horizonte? O que fazer quando dúvidas ligeiras, que deveriam ser sempre passageiras, não passam?
Eu tenho um desejo incontrolável de viver aventuras, de ser feliz, de não me preocupar com o que vão achar, pensar ou fazer a respeito disso.
Eu tenho uma sede insaciável de certos olhos nos quais não posso depositar minhas horas de agonia, meus flertes ingênuos, meus carinhos sinceros.
Tenho também um 'porém', um freio, uma trava. Eu tenho meu medo. Meu amigo de todas as horas que poderiam, ou não, me fazer a pessoa mais contente do mundo. Amigo que me priva de muitos perigos, mas também de emoções que não voltarão.
- Me perdoe, ó amigo tão fiel, mas sua companhia não anda me fazendo mais tão bem. Espero que me entenda, mas quero me permitir, quero ter motivos sinceros para sorrir, quero poder chorar e saber que a responsabilidade por tal choro é minha e só minha, por ter me permitido embarcar na situação.
- E quem irá te protejer do mal do amor?
- Amigo meu, quem precisa de proteção quanto à isso? Eu quero romances. Eu quero um romance com aqueles olhos distantes. Eu quero romances pra vida toda. Não me importo se vou chorar, sabendo que essa possibilidade há de existir sempre, não só nos romances.
- Mas eu, seu amigo medo, temo por ti. Quem irá te segurar nos braços, te passar a mão na cabeça, te privar das situações de risco?
- ó, medo... Grata por sua preocupação. Mas não se apavore. Ando atrás de emoções, de choros sinceros, risos intermináveis. Quero aventuras, confusões, problemas, algumas soluções. Quero caminhos longos, noites eternas, abraços a cada segundo, olhares permanentes ( quero aqueles olhos também ). Quero riscos. E não se preocupe, minha amiga sorte há de me acompanhar.