sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Só, somente só

Tão fácil sentir o peito vazio, ver a casa vazia e ainda implorar por paz. É quando a mente se faz mais movimentada, cogitada, atordoada, no entanto, você está só. Muito fácil sentir falta sabe-se lá de quem quando tudo o que chama de inteiro não passa da matade. Tão fácil querer completar-se, completar-te, completar-me. Basta alguns goles de solidão, tanto física quanto a nível de alma, pra se elevar as preces e pedir por um pouco de paz, como quando a chuva era muita e o guarda-chuva era só um, como quando a vontade de ouvir música era muita, os ouvidos eram quatro e os fones eram apenas dois, como quando estávamos sob o céu e eu só pedia em oração: 'que o céu nos embale! Que o céu no engula!'. Volto a querer paz comigo mesma e sabe-se lá com quem mais, eu só quero quietude, calmaria pra essa alma que só sabe se debater. Ah, tão fácil cair, se contradizer, bater o pé, dizer que não quer crucificando-se por tanto querer. Fácil demais se ver só, se julgar independente, se tornar imortal embriagando-se de solidão e da ausência de motivos pelos quais se arriscar. Mas ainda assim, juro que julgo mais fácil morrer de amor.

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